terça-feira, 2 de junho de 2015

Shadowrun Director's Cut




Melhor versão do reboot da série.Ainda não joguei essa versão definitiva que vem também com o DLC Dragonfall,mas do que joguei,achei muito bom.A história é bem interessante e tem múltiplas escolhas que fazem a diferença mesmo,tanto no gameplay quanto na história.
Já voltei em saves algumas vezes e vi a diferença.

A ambientação cyberpunk é fantástica e recebeu um tapa no visual,mostrando uma cidade interessante e chamativa.

Há um sistema de classes bem denso,e com um sistema de upgrades muito bom,além da gangue que você pode também personalizar e levar para as batalhas que são feitas em turnos,ao contrário da versão de SNES que era confusa nesse sentido.

Por ser em turnos,a estratégia de jogo é que faz a diferença,e o jogo deixa bem claro desde o começo que nada é fácil.Já morri várias vezes no combate...aliás morri mais no começo do que mais para frente.

O ponto fraco de Shadowrun é sua extrema lineariedade,além da curta duração.Não há muitas missões extras ou muita liberdade para andar na cidade : o que o jogo manda você deve seguir e fim de papo.Mas ele perde por um lado,e ganha por outro por ser mais focado.

Eu recomendo demais esse jogo,mesmo ele sendo curto e linear,pois a história e o resto compensam.Detalhe que,as letras são pequenas,então seria melhor jogar no tablet,embora eu tenha conseguido jogar deixando a cara colada na tela.

Taekwondo Game Global Tournament




Eis um jogo de luta mais profundo e com controles ótimos.Ele é bem técnico pois você deve defender em cima ou em baixo,esquivar,e isso vale para os ataques também,onde temos variações.
Basicamente é isso,o jogo é bem simples.

Tem um modo torneio paioso que dá pra terminar em um dia.Mas o modo multiplayer que é o forte,onde você encontrará oponentes à altura.O torneio serve mais como um tutorial do que outra coisa.

O bom é que Taekwondo é leve,roda em quase qualquer aparelho,e é bem barato.
Prometeram uma atualização com novas arenas e customização de personagens,mas até agora não rolou.

Implosion : Never Lose Hope




O nome tem aquele jeitinho de "jogo explosivo" né?
E Implosion é exatamente desse jeito.Um hack n slash com jogabilidade e controles refinados,com um sistema vasto de combos.

O jogo é difícil como todos os jogos da RayArk (criadora de Deemo e Cytus) e assim como Wayward Souls,você deve aprender os movimentos de cada inimigo para sobreviver.Ao contrário da maioria dos jogos do gênero para a plataforma,ele é profundo,parece até jogo de console.E foi muito bem adaptado.

O sistema de itens faz o jogo ficar melhor ainda pois muitos podem ser equipados e fornecem características diferentes.E o jogo é longo,com várias fases,e além de tudo,essas possuem caminhos alternativos que extendem a jogatina,fornecendo assim um fator replay de alta qualidade.

Ainda por cima o jogo tem um modo hard recompensador,mas muito difícil.

Gráfico bom também é que não falta aqui : o jogo utiliza vários efeitos (como pingos d'agua caindo na tela) e tem texturas muito boas,além da iluminação que segue com a mesma qualidade.Levando em conta o conteúdo do jogo,até que os 1 GB de dados adicionais não são muitos.

A trilha sonora foi composta e editada pelo engenheiro de som de Senhor dos Anéis!
Eu nunca imaginaria que alguém que participava de filmes,fosse se aventurar nos mobiles.

Falando em filmes,ele possui cinemáticas bem legais,que lembram um pouco Metal Gear Solid.Mas sei lá,a história não chega a ser boa não,bem básica mesmo.

Se você quer um jogo explosivo e mais longo e profundo,jogue Implosion!

Rayman Jungle Run e Fiesta Run




Olha eu tenho que admitir : odeio endless runners.No começo eu gostava porque ficava impressionado com os extras.Mas depois de um tempo passei a enjoar.Aí comecei a procurar por runners divididos em fases.E achei Rayman Jungle e Fiesta Run.

Qualquer um dos dois são muito bons.Jogabilidade simplesinha,intuitiva,e viciante.É a mesma coisa do Origins ou Legends (nessa questão de gameplay),com a diferença de que aqui você não movimenta o personagem,mas não faz tanta diferença assim já que o jogo é baseado no ritmo.
Fiquei surpreso com a quantidade de fases.
Do primeiro nem tanto,mas o segundo é lotado.E seu desempenho deve ser sempre o máximo possível,já que da metade pra frente não é fácil abrir outra fase.

Tirando isso,temos um jogo leve e com visual fantástico,igualzinho aos jogos que deram vida à ele,e a trilha sonora também acompanha embora tenha sido simplificada.

EVAC HD



Eu nunca pensei que uma mistura de Pac Man e Metal Gear funcionaria bem.Até eu jogar esse jogo.
Não parecia a melhor das ideias,mas quando parei pra pensar,vi que foi genial e muito bem executada.
O jogo funciona assim:

Para sair de uma fase,você deve coletar todos os pontinhos brilhosos que ficam nos cenários.Mas claro,há inimigos,objetos,e armadilhas para te parar.

Cada um age de um modo,enquanto que quando há objetos em jogo,você deve solucionar quebra cabeças,e sem errar pois há casos que você terá que reiniciar a fase,e pra mim esse é o maior erro do jogo pois você perde vidas (que são chamadas de keys aqui),o que mais pra frente no jogo chega a ser extremamente necessário.

Power ups como invencibilidade (por um tempo limitado) e virar um "fantasma" aparecerão em quase todas as fases.
Mas por que o jogo é uma mistura de Pac e Metal Gear?

Simples : você deve comer os pontinhos,e correr dos inimigos,o que lembra Pac Man,e esconder dos inimigos também,assim como é possível mata-los,como em Metal Gear.
O que torna isso mais evidente são os becos escuros que te ajudam nas fugas ou simplesmente à passar despercebido.
Não bastasse isso tudo,ainda o jogo nos presenteia com músicas agradáveis como essa:



Joguem essa pérola meus camaradas!

Gunman Clive




Esse jogo tem uma vibe que nenhum outro estilo velho oeste possui.
A arte do jogo é fantástica,utilizando um filtro que parece papel velho,e lembra também filmes "anciões".Parece velho oeste mesmo.Mas o jogo na verdade é meio nonsense...o que não quer dizer que deve ter sentido já que é descompromissado.

A ação no jogo é frenética,seu personagem pode somente atirar um tiro básico e pular.
Dependendo do que o inimigo dropar,você ganha um item para melhora-lo,mas basta tomar dano para perde-lo.

Mas não é difícil perder upgrades e morrer assim não,o jogo é bem desafiante do início ao fim.Eu prefiro nem comentar quantas vezes morri em uma só fase.


Por falar em fase,elas são muito variadas,em uma ou outra a proposta até muda completamente.Tem uma que o jogo vira um shoot em up,massa demais!
O que eu achei interessante é que a trilha sonora do jogo é muito boa,ao mesmo tempo lembra o velho oeste e tem personalidade própria,ouçam só essa:


E taí mais um jogo que tem proposta simples,portanto controle simples,então o resultado é = experiência satisfatória.

Traps N' Gemstones



É isso mesmo que você está pensando : é um Metroidvania.
Os controles são básicos,mas levando em conta a proposta do jogo,não precisa ser nada sofisticado.O que faz diferença aqui é o level design,e nisso,ele é ótimo.

O legal do jogo é ir descobrindo itens e lugares secretos.Existem muitos MESMO.O problema é que a maioria serve para o objetivo principal,mas levando em conta que é difícil achar os itens e as áreas,era de se esperar algo recompensador.

É difícil falar de muita coisa nesse jogo,pois é preciso joga-lo e ele tem uma pegada bem old school,então é muito simples.
Só joguem esse jogo que até agora acredito que seja o melhor no estilo para a plataforma.

Wayward Souls e Mage Gauntlet

Se o nome foi inspirado em Dark Souls,eu não sei.Só sei que gostei muito mais desse jogo do que de Dark Souls.
A jogabilidade tem um sistema nada complicado de ataque - defesa - esquiva.
Porém,como há vários personagens com estilos bem diferentes,fica difícil dizer que o combate é simples.
Há 6 personagens,sendo que 3 estão bloqueados no começo do jogo (tem que ir completando as dungeons pra desbloquear),e cada um pertence à uma classe (portanto são 6 classes).E xxistem 3 dungeons para cada personagem.

Mas como todo roguelike,essas são geradas aleatoriamente.E são BEM difíceis.O que facilita é o fato de você poder dar um upgrade no meio delas,onde aparecem umas fogueiras.Ou coletando dinheiro e comprando outro tipo de upgrades antes de entrar nas dungeons.
Cada personagem tem o seu.
Mas mesmo assim você tem que aprender os movimentos e ataques dos inimigos pra passar.Caso contrário,nem com upgrade vai.
O gráfico lembra os jogos 16 bits mas tem uns efeitinhos à mais que fazem ele parecer novo.As músicas também são legais mas são poucas.

Se você quer um jogo viciante,e difícil,Wayward Souls é uma ótima opção.
Mas há um jogo da mesma desenvolvedora porém mais fácil,que citarei logo abaixo.



O jogo é bem semelhante ao Wayward Souls,sendo assim um antecessor espiritual (sim,foi lançado antes).Mas ele é mais simplificado,porém mais focado.Você joga aqui só com uma "maga" que não consegue utilizar magia.Na verdade,quando ela está prestes a executar,a magia não funciona,e acontece uma explosão.Sendo assim ela decide achar um senhor mago poderoso,que há um tempo atrás,selou um demônio chamado Hurgoth,numa pedra.Ao encontrar o mago,a personagem ganha uma manopla ou Gauntlet em inglês.Daí o nome "Mage Gauntlet".A partir daí ela consegue utilizar magia,mas somente com a manopla.

No jogo o set de ataques normais da personagem é limitado.No entanto,a quantidade de magias que você pode pegar é extensa,e cada uma tem um efeito colateral eficiente.

Não tenho muito o que falar sobre o jogo,basicamente é um beta de Wayward,com a diferença que você joga com somente um personagem,e não tem dungeons geradas aleatoriamente.

Mesmo assim vale à pena pois tem fases muito boas,é mais abrangente por ser mais fácil,e diria também que tem controles melhores.

Gemini Rue


Sabe aqueles adventures legais da década de 90?
Gemini Rue claramente se inspira neles.No entanto,a atmosfera e a as ideias são completamente novas.

Pra começar,olhem a pixel art desse jogo.
É de babar,simplesmente fantástica.E o melhor de tudo é que passa todo o clima da parada.A trilha sonora também acompanha e é muito boa.
Isso tudo num adventure point and click faz diferença pois são jogos mais parados,e a atmosfera muda a sua experiência.

Nos puzzles o jogo se dá bem,e alguns são um pouco difíceis.Mas é mais difícil descobrir pra onde ir do que resolver os puzzles em si.Eu fiquei travado mais de um dia numa das partes desse jogo.
A narrativa é interessante,mas a história,nem tanto assim.

Ela começa com Azriel,que está procurando um homem chamado Mattias Howard (já tentei esquecer desse nome mas não consigo),que poderá lhe fornecer informações sobre um sumiço de seu irmão (do Azriel).
Ele (seu irmão) está preso num lugar onde fazem lavagem cerebral nas pessoas para...bem,não posso falar.
Alternamos entre ele (Azriel) e o seu irmão a partir de uma parte do jogo,mas você pode fazer isso na hora que quiser.

O que adiciona mais ainda para Gemini Rue é o fato de você ser obrigad o a descobrir identidades.
É bem legal pegar uma referência,seja uma rua,profissão,nº de apartamento,colocar no celular e achar a pessoa destinada.
O ponto fraco é o combate que é monótono e nada intuitivo.Bom saber que você pode colocar um easy mode nas opções se não conseguir se adaptar.

No fim,é um jogo muito bom,só poderia ter uma história mais original e um combate melhor.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Hitman GO



Foi genial a sacada da Square Enix de lançar um Hitman estilo tabuleiro para mobile.E ele funciona de uma maneira muito inteligente.Aqui cada movimento deve ser bem pensado pois sua ação gera reação dos inimigos,que se mexem de maneiras diferentes.Cada fase apresenta um desafio diferente da outra,e todas elas são bem desafiantes.

Na maior parte do jogo você não usa uma arma,mas em algumas você precisa utilizar uma pedra para atrair inimigos,ou/e rifles para mata-los.Lembrando que um movimento errado fará com que você repita a fase.
Mas calma,ele não é tão severo assim pois não há apenas uma maneira de passar de fase.
O visual do jogo é simples mas se encaixa muito bem na proposta e é muito charmoso.


"Ah mas eu queria que fosse igual o de console."
Não acredito que Hitman funcione bem como os de console,pois o sistema é completamente diferente,não combina com mobiles.

Dead Space


Taí um jogo que serviu pra dar um "BOOM" nos jogos mobile.Na minha opinião foi o primeiro jogo mais maduro da plataforma.Não em questão de classificação etária (embora também seja),mas sim em profundidade e utilização da tela.


Vocês devem estar se perguntando:
"Nunca que Dead Space funcionaria numa tela touch".Funciona e MUITO.


Como a franquia tem um ritmo mais parado,não é preciso se esforçar muito para realizar os comandos,isso levando em conta que a tela foi muito bem utilizada aqui,pois não há botões de ação nela,tudo é feito de maneira intuitiva e tranquila.

Por exemplo,para atirar basta tocar no lado direito da tela.Ou para mudar o tipo de tiro da arma na vertical ou horizontal,basta dar uma leve virada no aparelho,como num jogo de corrida (é uma ração rápida novamente intuitiva).

O level design do jogo é bem legal,não há nenhum momento injusto.O jogo é cheio de extras e achievements que extendem sua duração (que considero adequada para um jogo mais antigo e para mobiles).Os ambientes são macabros,músicas são tensas e o jogo dá medo,principalmente se colocar fone de ouvido.


Aliás,coloque-os,caso contrário a experiência ficará prejudicada.

OBS: meu primo até me perguntou uma vez se tinha esse jogo pra DS/PSP/3DS/PSVita porque ele achou muito bom.

Monument Valley




É um jogo de puzzle muito inteligente,fácil mas que faz uso da perspectiva para embolar e impressionar sua mente.A narrativa do jogo é totalmente emergente,ou seja,não há nenhum diálogo ou cutscene (assim como Spider),você deve interpretar o que você faz e o que acontece,e isso adiciona um toque de originalidade ao jogo.

A atmosfera que o jogo cria é muito relaxante,suave,por isso minha experiência com esse jogo foi muito boa,ainda mais porque utilizei fones de ouvido (recomendo sempre usa-los).

Nem preciso falar dos controles que foram adaptados perfeitamente à um smartphone ou tablet.

Enfim,é muito bom,ganhou até vários prêmios em diversos eventos (como GDC).O único problema é sua curta duração,mas é ótimo enquanto dura.

Esperando uma sequência aqui.

OBS: e não tem nada a ver com FEZ ou Echochrome,só lembra um pouco.

Spider : Secret of Bryce Manor


"Spider" foi lançado para Ios e Android há um tempão,e está disponível até hoje na loja dos dois sistemas (iTunes e Google Play).


Tu é uma aranha,e sua missão é ir comendo insetos para abastecer sua capacidade para gerar teias,que também servem para abrir um portal para você progredir no jogo.
Existem diversos tipos de bichos,como joaninhas,e abelhas (que devem ser pegadas com as próprias patas da aranha).
Quase todos tem seus jeitos específicos de serem agarrados,por exemplo,os pernilongos ficam fugindo,então você deve atrai-los para as teias.

A jogabilidade é muito intuitiva e portanto é fácil de ser dominada.
Você pode somente gerar teias,andar nas paredes e pular,mas a combinação dessas ações ficou tão boa que há vários modos de agir,apesar das poucas ações.
Os cenários são repletos de segredos,elementos interativos que te ajudam a pegar os inimigos,e cada fase difere muito uma da outra,ou seja,o level design muda completamente.Saiba então,que suas suas ações nunca se repetirão.


Difícil é descobrir os segredos que a história do jogo guarda...nos cenários você encontrará diversas pistas sobre a família Bryce,que morava nessa mansão.
Muitos já tentaram fazer sua própria interpretação sobre a história reunindo estas pistas,mas é extremamente difícil,pois não há nenhuma fala para ser vista ou texto para ser lido.
Creio que ninguém ainda tenha chegado à uma conclusão definitiva,então fica aí como desafio para qualquer um que queira se aventurar nesse jogo.

O visual tecnicamente é muito bom,e a direção de arte deixou o jogo charmoso,pois os elementos foram muito bem desenhados e combinam perfeitamente com a ambientação.Além disso,por conta dos gráficos simples,o jogo roda em qualquer smarpthone com Android,inclusive aqueles bem fraquinhos pros dias de hoje,como o Xperia X8 e o Galaxy Y.

O que pode incomodar em Spider é a trilha sonora.Algumas são bem chatinhas,sem muita inspiração e com um ritmo desagradável,mas este aspecto não foi tão prejudicial para mim.

A parte extra do game é bem extensa,e oferecem um grande fator replay,pois existem 4 modos de jogo:
  • O modo aventura;
  • Modo time attack;
  • Modo em que você tem que comer rapidamente para sua vida não zerar;
  • E o modo mais desafiante em que você deve zerar o jogo com o mínimo de teias possível.
Todos eles estão disponíveis desde o começo e você pode acessar a qualquer momento,clicando num ícone com a letra "i" no canto da tela.
Cada um tem seu charme e todos são difíceis,exceto pelo primeiro.
Imagina ter que completar o jogo todo só com 5 teias (é o último modo).Você tem que calcular muito bem suas ações para não ficar sem teias e receber um Game Over na tela.

Conclusão:
Spider : Secret of Bryce Manor,é um jogo muito inteligente,e imperdível para qualquer um.
Não é à toa que o jogo recebeu vários prêmios de melhor jogo do ano,e conta com uma média 93 no Metacritic.
Largue Flappy Bird e esses outros joguinhos que enjoam rapidinho,pegue Spider agora e bote para rodar no seu smartphone!
Custa só 2 dólares,não vai pesar nada do seu bolso.
Então deixe de perder tempo e vá jogar logo!